Monday, December 28, 2009

Ai esse final de ano que chega todo ano...
Mas dessa vez está bem diferente. Tem um sentimento bom no ar. Coisas acontecendo. Pessoas aparecendo e reaparecendo. Alguma coisa que me faz querer que o ano que vem seja todo assim rodeado de amigos e coisas boas e novidades e acontecimentos e saídas e bebidas e sorrisos e conversas e danças e mais sorrisos e gargalhadas e alegrias.

Agora sinto que tenho forças o suficiente para encarar 2010 de frente.

Sunday, November 29, 2009

Não há esperança para os desalmados.

Não há sentimento que sobreviva nos desalmados.
Há apenas racionalidade, frieza, frivolidade.

Friday, November 27, 2009

quando a gente percebe certas coisas a vida segue seu fluxo com mais leveza

Monday, November 02, 2009

ouvindo as lágrimas descerem, ouvindo o sofrimento chegando no quarto ao lado. aquela dor que me engole a seco, agora engole também outros. aquela dor que esvazia o vazio não é propriedade minha. aquela dor agora esvazia outro vazio.
nesse vazio a gente se perde, a gente se encontra, a gente se mata. a gente se esgota!
se esgota tanto que quando a gente vê não existe mais nada.
nada.
nada.
nada.
existe aquela coisa que existiu. aquela coisa que só a gente sabe, que só a gente vive, que só a gente sente.
e como sente.
existe aquela coisa tão inesquecível que dói. uma dor assim que se esgota. que mata. que se perde em tanta esperança.
nós vivemos. eles também. tão intenso quanto o vento que bate na janela do quarto ao lado.

Wednesday, October 28, 2009

Thursday, October 08, 2009

Wednesday, September 30, 2009

Sem e com. Com e sem.
Somos juntos um tanto separados, somos separados um tanto juntos. Somos incompreendidos e imperfeitos. Somos cumplices nessa nossa loucura e insanidade. Somos dois corpos soltos no ar tentando nos entender e nos deixar.
Não queremos fazer sentido e nem nos enquadrar. Nosso jeito de ser é diferente. Nosso jeito de estar é instável. E na instabilidade construímos uma vida assim só nossa. Uma vida que criamos para dar vasão a nossa insanidade de sentimentos incompreendidos por nós mesmos. Incompreensão e imperfeição. Somos a perfeição da imperfeição. Somos algo que não queremos ser. E existimos apenas dentro daquele mundo. Nosso mundo. Um mundinho que se tornou clastrofóbico e belo. Beleza faz parte do nosso vocabulário. Beleza faz parte. O sentido não faz. O sentido é distante de nós. E eu vivo no mundo da lua. Vivo voando. Vivo. Você me faz querer conhecer um pouco a terra. Você me faz querer continuar sendo esse ser que vive e respira maluquice, peculiaridade, arte. E você sempre esse ser desalmado, oco. Preenchemos um vazio que existia dentro de nós. E fomos assim. Entende?
Não. Durante esses 4 anos eu aprendi que realmente nada precisa fazer sentido. Nosso sentido é outro. Nosso sentido é nosso. Nosso sentimento é nosso. Nossa confusão é nossa. Nós somos nossos! Desse nosso jeito assim peculiar e diferente e incompreendido. Somos nós.
E eu amei esse nosso jeito de ser tanto que doía. Amei esse nosso "nosso" tanto que faltava ar. Amei você. Amei quem eu era com você. Amei tanto que doía o corpo. Um amor assim só seu, e só meu. Um amor compartilhado durante anos, e que um dia se acabou. Tanto para mim quanto para você. E assim continuamos a ser cumplices. E assim continuamos a ser confusos. E assim continuamos a ser nós. Agora cada um no seu canto.
Nos perdemos nos espaço e tempo e vida e amor. Nos perdemos. E agora, meu bem, agora vai ser muito difícil nos encontrar novamente.
Dizendo isso eu me despeço do seu amor e do seu corpo. Me despeço de "nós".

Monday, September 14, 2009

Ando expressando a raiva contida durantes anos. Faz bem, mas assusta.

Sunday, August 02, 2009

Smiigo

E quase sempre eu me arrependo de ter me afastado de você. Porque foi um afastamento assim sem um bom motivo real. Mas eu só percebi isso depois que estavamos afastados.
E a gente viveu muitas coisas boas juntas. Eu lembro! Eu acordando com você puxando a barra da minha calça para me acordar. E nós dois dançando loucos e rindo a toa. E você tocando nas pic ups a música que eu mais gostava. Ai ai... A gente tinha uma coisa muito nossa. Uma amizade assim só nossa. Um afeto assim só nosso.
E eu não lembro quando exatamente você se tornou meu amigo. E eu não lembro quando exatamente você se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida. Eu só lembro da vida sem ou com você. E agora para mim só existe a vida com você.
Todas as confidencias eu guardei em mim. E todos os abraços continuam nos meus braços. E todos os sorrisos continuam nos meus lábios. E você continua aqui, do meu lado. Mesmo um pouco afastados, você continua aqui do meu lado.
Temos uma história tão nossa que dá medo. Uma coisa assim tão nossa que dói pensar em te perder. E eu sei, amigo, que te perdi um pouco. Mea culpa! Mea máxima culpa!
Mas não! Não nos perdemos por completo! Eu estou aqui e você aí. E agora esse aí será mais longe. Mas tudo bem. A gente vai conseguir. Porque você está em mim assim como eu estou em você. E meu peito dói de saudade!!!!
E você foi. E você é. E você será sempre aquele que me atura, que me faz rir, que me ouve. E você foi, e é, e sempre será aquele meu melhor amigo que me dá abraço de urso, que cuida de mim, que me faz sentir protegida, que me entende, que briga comigo, que me ama, e que me faz chorar porque está indo morar longe.
E não! A gente nunca vai perder essa coisa que é nossa! Essa afeto que é só nosso! Essa amizade que é só nossa!
E eu te amo como amo poucas pessoas nessa vida. E você é uma das minhas pessoas favoritas da vida! E eu estarei sempre aqui e você sempre aí, não importando onde seja o aqui e nem o aí!

Monday, June 22, 2009

Eles tem o jeito deles. Um jeito que ninguém entende muito bem. Eles não se entendem muito bem. O jeito dele é sério. O jeito dela é nervoso e falante.
Ela fala e fala e fala e irrita ele com tantos por quês e com tantas questões. O jeito dele é mudo. E assim mudo ele sabe exatamente o jeito perfeito de magoar ela. O jeito dela magoar ele é fisicamente. Ela não sabe outro jeito de magoar ele.

O jeito deles é um magoar o outro.

Wednesday, June 17, 2009

Quando eu era pequena todo o dia 17 de junho eu recebia flores. Um lindo e grande buquê de flores. Eu saia correndo para atender a porta e ficava toda sorridente quando pegava o buquê. E continuava sorridente o resto do dia.
Era sempre um buquê bem colorido de flores variadas, acompanhado de um cartão.
"Para minha neta querida, toda a felicidade do mundo. Beijos Vovô"
No final da tarde eu atravessava a rua correndo. Entrava pelo jardim chamando por ele. Ele me olhava com seus olhos espremidos, que praticamente fechavam quando ele sorria. Eu corria e dava um grande abraço nele. Seus olhos ficavam fechados.
Mas um ano eu parei de receber as flores.
Fui correndo na casa de janelas azuis, e ele estava lá sentado vendo tv. Seus olhos espremidos se fecharam quando me viram. Mas ele não lembrava da data.
Às vezes ele não lembra mais de mim, mas eu sento do lado dele, pego na mão dele e digo: Meu Vô, meu Vô. Ele então diz: ô minha netinha querida. E passamos a tarde sentados um do lado do outro de mãos dada. Muitas vezes sem dizer nada.
Ele me faz perguntas sobre a minha vida, e esquece logo no dia seguinte. E sempre sorri quando eu chego, mesmo não lembrando exatamente quem sou eu. E ele ri das besteiras que ele fala, e ele ri das besteiras que eu falo. E a gente vai se entendo.
Quando eu era criança ele inventava músicas e levava os netos no cinema. Acordava cedo para me levar na escola. Falava coisas engraçadas.
Um dia a cabeça dele se confundiu toda. E ele se esqueceu de quase tudo isso.
E agora dia 17 de junho não é mais tão feliz sem as flores dele.

Saturday, May 23, 2009

Friday, May 08, 2009

Eu me perco nas palavras ditas e soltas no ar. Eu me enrosco e me enrolo em frases que não compreendo.
Sendo assim eu acho que te entendo e depois não sei mais. Sendo assim você me desdiz tudo enquanto eu olho para baixo. Não consigo mais olhar para seu rosto pois sua beleza não me dói mais. Mas você continua sendo feito de azul, de poesia, de ossos aparentes. Você continua sendo poético e importante lá naquele tempo. Eu é que, agora, não sou mais. Eu é que não quero mais ser.
Aquele tempo ficou com ranço de passado.
E você era tão bonito que doía olhar para você. E eu era tão sua que doía existir.

Agora a gente se dissolve junto com o presente.

Tuesday, March 17, 2009

O rio estava gelado, tão gelado que doía. Sentada na pedra, os pés mergulhados na água, tentando se acostumar. O frio era intenso. Os sentimentos também. Me dê sua mão e vamos entrar juntos - dizia ele. E juntos dormiram na cabana enrolados por cobertores no inverno em pleno verão. As cigarras prontas para o acasalamento cantavam alto. Enquanto eles dormiam juntos, enquanto eles sentiam juntos. Acordavam com a claridade entrando pela janela, e será que está sol? Se estiver sol dá para entrar na cachoeira.
O corpo todo doía. O corpo chorava. O corpo amava.
Ela mergulhou de cabeça no rio mais bonito de todos. Ela parou de sentir. A água gelada anestesiou o corpo que sofria. Juntos deitaram na pedra quente onde o sol batia forte. Ao ar livre trocaram carícias. Se esquentaram.
Ele gostava do cheiro de mato, e comia framboesas que encontrava pelo caminho. Andavam, conversavam, se entendiam. Não lembravam de mágoa. Não lembravam de nada. Não conseguiam saber mais o que eram. Eram fortes e juntos. Eram juntos e intensos. Eram intensos e separados. Eram eles. Eram nada. Nada.
Vento forte no rosto, mãos dadas, dedos entrelaçados, pensamentos longínquos e sentimentos. Voltaram para a realidade que dói no corpo. Agora distantes cada um segue para um lado. Ela se perde. Ele se perde. Eles se perdem um do outro. Por um mês. Por um tempo. Por tanto tempo. Talvez para sempre.

Sunday, March 01, 2009

O que fazer quando não se tem mais nada a fazer?

Ela se perguntava isso dia e noite e perdia sono. Ela rolava na cama tentando achar alguma saída, alguma solução menos penosa. Ela não queria encarar os fatos. Os fatos encaravam ela e não a deixavam pensar em mais nada. Os pensamentos se perdiam nos sentimentos, e os sentimentos se perdiam nos pensamentos.
A saudade de ter sido alguém que ela não era mais. Ela não queria mais aqueles sentimentos e pensamentos. Ela estava cansada. Era só o sol nascer que ela acordava angustiada. Acordava com os pensamentos borbulhando, e os sentimentos doendo. Acordava e lembrava de tudo que a machucava. Ela não queria mais acordar. Ela não queria mais dormir. Ela não queria mais pensar. Ela não queria mais sentir.

Saturday, February 21, 2009

Novo Blog

Fiz um blog novo, mas esse vai continuar existindo!

O novo blog é um blog musical, digamos assim. E esse blog é um blog de textos e contos e pensamentos. Um completa o outro.

www.dissolvidaemmusicas.blogspot.com
!!!

Wednesday, January 07, 2009

Quando tento me desligar vem o medo de ser esquecida. Um medo insano de que tudo aquilo vai se perder na sua memória. E que eu vou desaparecer.
Quando olho para você não vejo nada. Sem raiva, sem ódio, sem amor, sem carinho. Você sai ileso. Enquanto eu sinto tudo por você. Enquanto eu explodo nos mais loucos sentimentos.
Eu explodo. E te bato, e te cuspo, e te mordo, e te beijo.
Você sempre sem sentir nada. As vezes tenho a sensação de que estive esse tempo todo sozinha nesse amor. Pois você nunca sente nada. Você nunca sente. Nada.
E você cada vez mais se transforma em nada. Pessoas que não sentem não são pessoas. Você é vazio de amor e de ódio e de raiva e de carinho e de afeto. Você é oco por dentro.
E eu continuo aqui a sentir tudo por você. Porque nessa história toda alguém tem que sentir alguma coisa.