Tuesday, June 28, 2011

Descongela

"Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá...
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza"

Teu olhar triste... solitário. E eu aqui tentando entrar nesse mundo dentro dos seus olhos azuis. Te ofereço minha mão, te ofereço meu colo. Chora, vai?! Chora por ela, chora por mim, mas chora... Descongela. Vem cá... me dá sua mão. Deita aqui ao meu lado. Te ofereço meu conforto, te ofereço meu sorriso. Te dou minhas lágrimas. Meu amor já é seu, meu amor. Seu amor é só seu. Acorda. Acorda e me dá seus braços. Naquele abraço partido, partindo. Deita comigo e chora. No meu ombro, no meu colo, no meu seio. Sofre aqui comigo. Junto. Por mim, por ela, por ti. Mas sofre. Derrete. Vai embora... solta minha mão. Vai com ela, vai sozinho. Vamos juntos? Olha pra mim e olha pra ti. Olha em volta. Vem cá... me dá sua mão. Aperta forte. Escuta agora a canção que eu fiz em silêncio sobre nós dois. Teu olhar triste perdido na cama. Meu olhar triste perdido na cama. Nossa cama. Não cabemos mais em nós.
Meu amor é seu. Seu amor é só seu. Acorda. Descongela. Derrete.

Wednesday, June 22, 2011

Something

É tão estranho quando se sabe, ou acha que sabe, o que o outro está sentindo. Eu sabia que você estava sentindo. Sabia tanto que quase cheguei a tocar. Estiquei o braço, estiquei os dedos, e quando estava quase lá, se dissolveu. E tínhamos um sorriso tão feliz...
Não foi assim como eu senti, nem assim como pensei. Eu vivi aquilo tudo sozinha. Unilateral. Eu senti tanto que cheguei a tocar. Sorria por dentro, sorria por fora, sorria por todos os lados. Ouvi todas as músicas cantando para você. Versos e mais versos inglêses. Me espalhei na arquibancada pois aqui dentro eu já não cabia mais. Desci o espiral transbordando de sentidos. Te olhava e consiguia quase tocar suas sensações. Eram como as minhas. Não. Eu vivi tudo aquilo sozinha. E quis em silêncio "canta para mim, canta?