Saturday, May 23, 2009

Friday, May 08, 2009

Eu me perco nas palavras ditas e soltas no ar. Eu me enrosco e me enrolo em frases que não compreendo.
Sendo assim eu acho que te entendo e depois não sei mais. Sendo assim você me desdiz tudo enquanto eu olho para baixo. Não consigo mais olhar para seu rosto pois sua beleza não me dói mais. Mas você continua sendo feito de azul, de poesia, de ossos aparentes. Você continua sendo poético e importante lá naquele tempo. Eu é que, agora, não sou mais. Eu é que não quero mais ser.
Aquele tempo ficou com ranço de passado.
E você era tão bonito que doía olhar para você. E eu era tão sua que doía existir.

Agora a gente se dissolve junto com o presente.