- Você está diferente - ele diz. Eu nada respondo. - Você não se lembra de mim, não é?
Eu respondo que sim. Ele me olha. Sério. Ele me olha. Não sorri dessa vez. Não sorrio dessa vez.
- Gelo na vodka? - E começamos a falar de vícios e fraquezas e pessoas. Ele me olha nos olhos. Dessa vez sorrimos um para o outro, um sorriso contido por mil palavras. Nervosa não paro de mexer nos cabelos. Ele senta, e levanta, e fala e pensa, e não consegue verbalizar algumas coisas e não consegue ficar parado.
- É difícil.
Digo tchau e ele me dá um longo beijo na bochecha e um longo abraço. Corro amedrontada e assustada com tanta beleza. Chego em casa e me arrependo. - Um sonho e um copo de vodka, por favor?
Dois Bibi! Mais capricha mais na vodka do que no sonho, porque no dia seguinte não quero lembrar de nada. Ta difícil, ta complicado, ta dolorido. Como diz o poeta: "Quero vivê-lo em cada vão momento", mas só nos vãos mesmo, no dia a dia não dá não.
ReplyDeletebeijim,
Bel.