Não havia poesia alguma nele. Não havia aquela arte que exalava pelos póros.
Sua simplicidade foi aos poucos conquistando um sorriso cada vez maior. Ele era calmo, e ela inquieta. Ele ficava mudo, e ela falava coisas bonitas. Ele era inseguro, ela era insegura. Ele não sabia lidar com ela. Ela... ela era intensa. Via tudo de um modo tão diferente que sua visão ficava embassada. E bebia muito para espantar a ansiedade.
Ele não era ansioso. Ele parecia ser tão calmo que dava ela uma certa paz e uma certa segurança das quais ela não estava acostumada. Até que a segurança desmoronou na sua cabeça, junto com o sorriso que agora não podia ser maior. Ela correu, ela correu, ela correu. Mas não conseguiu alcança-lo. Suas palavras eram ouvidas e lidas mas ficavam sempre sem resposta.
Ela, então, comeu toda a cutícula até fazer feridas nos dedos. Triste, parou e disse: ok, agora começa tudo de novo. Tudo novo de novo.
Os três maiores poderes do ser humano:
ReplyDelete- Esquecer
- Superar
- Recomeçar
Tudo com pitadas de melancolia, e uma dorzinha lá ou acolá, para dar um charme nas histórias.