Os olhares trocados em praças e bares, entre eles dois, são o ponto principal de toda aquela relação. Relação pela qual eles nem se quer lutam para manter, mas ela se mantém sozinha e atravessa meses, até anos.
Eles se olham. Se olham. Dizem muitas coisas pelos olhos até se aproximarem de verdade. - Linda! - Ele elogia ela sempre que se aproxima. Ela sorri aquele sorriso que não cabe nos lábios. Sorri com os olhos. Não existem muitas palavras, não existe muita verbalização. Eles apenas sentem um ao outro.
Respira fundo. Ela vira as costas e sai. Ele fica desconcertado. Respira fundo. Ela vai voltar. Ele não pode voltar.
- Eu tenho uma vontade de você. - Ele diz e não ouve a resposta. Ela não consegue verbalizar. Pega ele pela mão e deita junto dele. Agora ele conhece o mundo dela. Medo. Agora ela conhece o mundo dele. Medo.
Respira fundo. - Tenho medo de você, vou sumir.
Ela aceita. Ele aceita. De repente estão juntos novamente.
A relação criou vida própria. E ele não pode. E ela... Será mesmo que ela quer?
Existe uma intensidade, uma distância, uma estranheza. Eles se sentem próximos e não conseguem não viver. Ele não pode. Ela não sabe se quer.
Respira fundo. Pula de cabeça.
Cuidado. Ninguém pode saber. Cuidado. Não pode existir mais amor. Para ele existe um outro amor. Para ela existe algum amor.
Murphy diz: Nunca leve para cama alguém mais louco que você!
ReplyDeleteSuper, viva isso sem viver. Quando achar que está perdendo o controle, ou, quando pensar em controle, pule fora. A falta dessa emoção proíbida, dói demais!