Saturday, September 25, 2010

Inquieta, eu como minhas cutículas tentando entender o que se passou.
A lembraça fica deformda conforme o dia vai passando. As falas se confundem e não sei mais o que foi dito de fato.
Ebulição de pensamentos. Ebulição de sensações. No quarto escuro, a chuva deixamos do lado de fora, acasalamos. Suspiros, sussurros. Fui embora.
Andei solitária na rua, procurando. Estomago doendo de tantas borboletas. Comecei a comer as cutículas feridas. Continuei assim o resto do dia.
Deixo a chuva entrar e termino de ferir os dedos. Não há mais pele. Insisto. Relembro todos os passos da noite. Lembranças deformadas. Palavras esquecidas. Surto dentro daquela noite, e tento engarrafá-la e guardá-la só para mim. Inquieta, sinto vergonha. Encontro rastros de esquecimento em cada pensamento. A noite vai se dissolvendo em outra.

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